Seja bem-vindo

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, de modo como falo, é um dom. Não entender, mas como um simples estado de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." (Clarice Lispetor)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


A descoberta do desconhecido

 

Quem é você?

Quem é você que arranca meu sorriso?

Quem é você que me faz arder em brasa ao sentir sua voz ecoando nos meus ouvidos? Que me faz imaginar e criar um mundo novo?

Quem é você que me tortura com a sua ausência e que me faz sonhar e delirar madrugadas a fio? Quem és?

Quem é você?

Quem é você que me encanta, que me promete amar-me até meus últimos dias?

Quem é você que sonha com o dia em que finalmente nos encontraremos e ficaremos juntos?

Quem é você?

Por favor, quem é você?

 

Quem é você que meu corpo clama pelo toque suave da sua pele?

Quem é você que sussurra palavras no papel provocando arrepios em meu corpo sedento... Por ti?

Quem é você que me faz respirar ofegante e ansiar pela sua presença?

Quem é você que tortura meus sentidos com o cheiro do seu perfume, o tocar dos seus lábios nos meus e suas palavras livres e doces?

Quem és?

Você me faz desejar sentimentos e sensações que outrora pude sentir, mas que não mais os tenho...

Quem é...

... Você?

...

É o futuro que me aguarda no instante em que o presente transforma-se no passado sombrio e derradeiro.

 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Montanha-Russa


 
“Vou lhe mostrar agora um filtro sem poções, sem ervas e sem qualquer outro encantamento de bruxas: se você deseja ser amado, ame.” (Sêneca)

 

Vítimas do prazer.

É o que fomos.

É o que somos: crianças inocentes à procura de entretenimento. Quando a brincadeira ficou legal tudo acabou. Foi o fim.

O que era perfeito teve um desfecho trágico e todos os brinquedos ficaram em pedaços.

Estraçalhados.

Destruídos sem chance de conserto. São marcas profundas que permanecerão para sempre e que o futuro jamais apagará.

Sinto que somos fantoches de ventríloquos insanos que apenas procuram satisfazer o próprio deleite. Quisemos ser felizes e compartilhar nossas alegrias e acabamos por provar do nosso próprio veneno. Indiferença. Dor. Solidão.

Foi uma tentativa frustrada. Só queríamos algo em troca: reciprocidade.

Efeito do dar e do receber. Demos-lhes tudo e “nada” é o que recebemos em troca.

Revolta? Não, apenas um desabafo.

Tristeza: Jamais. A experiência é que nos torna quem somos.

Agéis.

Perigosas.

Espertas.

Lindas.

Feiticeiras!
 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012


Galera, esse é meu primeiro livro ^^


QUEM TEM MEDO DE PORTUGUÊS? busca facilitar, com muito humor, o aprendizado da língua portuguesa e afastar o medo causado por um ensino burocrático e nada divertido que se arrastou por quase toda a vida escolar so usuário da língua. (...) Vale a leitura e, principalmente, o passeio pelos caminhos tortuosos do idioma. Haverá certamente surpresas e pequenos tropeços ao longo da caminhada, mas a orientação clara e divertida dos autores conduzirá o leitor sem riscos, arranhões e medos ao uso e aprendizado seguro da língua portuguesa.



Conheça mais em:

Já à venda no site:

Os interessados também podem procurar a mim ou aos outros autores da obra para pedirem seu exemplar.

Vamos aprender sem pressão e de forma descontraída!

*Em breve, o lançamento oficial! Aguarde!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tomo a liberdade de postar aqui a bela música que inspirou o blog...

Swanheart (Nightwish)



All those beautiful people
I want to have them all
All those porcelain models
If only I could make them fall
Be my heart a well of love

Flowing free so far above
A wintry eve

Once upon a tale
An Ugly Duckling
Lost in a verse
Of a sparrows carol
Dreaming the stars

Solo

Be my heart a well of love
Flowing free so far above
In my world
Love is for poets
Never the famous balcony scene
Just a dying faith
On the heaven's gate

Solo

Crystal pond awaits the lorn
Tonight another morn for the lonely one is born


Fonte: http://www.vagalume.com.br/nightwish/swanheart-traducao.html#ixzz24VjZKCcG

sábado, 14 de julho de 2012

Aprendizado




... Aprendi que quando alguém fala mal de você simplesmente está demonstrando que não merece sua atenção, muito menos sua amizade. Ninguém tem obrigação de concordar com o outro, mas respeitar suas escolhas é aceitar o outro como ele é. Nós nos preocupamos muito no que o outro deve ou não deixar de fazer quando, na realidade, deveria se importar com o que o outro traz de bom para a gente. E quando nada de interessante acrescenta o melhor caminho, ao invés de fazer críticas, é seguir em frente e ignorar. Coisas ruins e pessoas com energia negativa nunca deixarão de existir, mas dessa forma terão menos influência na nossa vida.
... Aprendi que amigos não são todos aqueles que se preocupam com a gente, mas aqueles que fazem algo para te ajudar ou te deixar feliz e fazem tudo gratuitamente e não apenas para saber da sua vida. Em suma: amigos cuidam de você e não da sua vida. Amigos são amigos, distantes ou próximos. Pessoas que realmente gostam da gente podem estar a quilômetros de distância, mas com certeza estarão próximas do coração conectadas por algo que se chama amizade verdadeira. Aquelas pessoas que realmente nos querem bem nunca nos esquecerão e estarão do nosso lado não apenas nas horas boas ou ruins, mas quando nem lembrarmos delas. Amigos são assim como anjos que agem em silêncio.
... Aprendi que quando estão em dúvida se te amam é que, na verdade, você já não significa mais nada para elas, te resta aceitar a realidade, deixar o passado e seguir seu caminho. O amor é um sentimento intenso, mas muito confuso ao mesmo tempo. Passamos parte da nossa vida querendo agradar ao outro que nos esquecemos de nós mesmos. O amor próprio é essencial para amar o próximo e para superar quando o outro não nos ama. Faz parte da vida humana, amar e não ser amado, mas faz parte da vida humana, amar a todos independente da reciprocidade, basta tentar. O sentimento do amor pode não ser correspondido, mas o respeito prevalecerá.
... Aprendi que muitas pessoas fazem falta na nossa vida talvez nunca voltem e outras pessoas que partiram, mesmo que voltassem, jamais fariam a diferença. Assim como nós, pessoas que partem já cumpriram a sua missão e devem seguir seu rumo, por mais que isso nos machuque. A vida é feita de perdas e ganhos: se perdemos algo é para dar espaço para algo que iremos/podemos ganhar. Perder não é símbolo de fracasso, mas de coragem, principalmente se for seguido por tentativas. Na vida, nada se ganha por completo e para sempre. Estamos em constante luta. Uma amizade ou um amor, por exemplo, precisa de alimento todos os dias e lutando-se contra a rotina, a inveja, etc. é que podemos vencer a batalha diária. Por isso, o que sempre ganharemos, com certeza, (a cada dia que abrimos os olhos) é a chance de fazer tudo diferente e melhor do que antes. Pessoas sempre vão entrar e sair da nossa vida e cada uma delas deixará a sua marca. Cabe a cada um de nós escolher quais marcas deverão caminhar conosco. As boas serão as lembranças de que tudo valeu a pena e as más serão degraus para que possamos ser pessoas melhores um dia.
... Aprendi que nada é tão ruim que não possa melhorar/passar. Assim como o primeiro amor na adolescência, as dores também passam e, muitas vezes, nós mesmos temos o remédio para a cura. A dor, assim com a perda, deve fazer parte da nossa vida, pois sem ela não haveria lição. Quando ela acontece sabemos que erramos e só errando podemos aprender. Embora muitos digam aprender com os erros alheios, aprende-se somente fazendo as próprias escolhas erradas. Assim como na matemática, na vida, nem sempre a soma de algumas ações dará o resultado esperado, mas fazendo as correções necessárias diminuiremos os equívocos e multiplicaremos as chances de tudo dar certo. Na vida tudo é uma questão de escolha e tentativa. Primeiro escolhe-se o caminho e depois se prepara para trilhá-lo. Às vezes, este o levará para lugares sombrios, outras para lugar nenhum, mas o importante é se mover e tentar a todo o momento um novo caminho que nos traga esperança de algo melhor.
Como Paulo Coelho citou “quando alguém encontra seu caminho precisa ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.”



sábado, 3 de março de 2012

Welcome... again!

"O sentido da vida é que ela acaba." (Franz Kafka)


Voltei... para um mundo novo, uma vida nova. Um novo ciclo! Let's start the game...!

Caminho da morte

      As coisas nunca estão ruins que não possam piorar. Ganhei um abraço de Judas e até dormi com o inimigo. Acreditei ser quem nunca fui: uma pessoa querida para pessoas insignificantes. Sorte ou azar? Depende do ponto de vista e aqui só há um: o falso. O ambíguo nas atitudes, porém convincente no olhar. Mente-se com palavras, mas não há nada que se faça que uma gafe e poucos minutos de conversa não denuncie.

       Na verdade, nunca foi mentira apenas uma verdade não contada e oculta por falta de coragem ou de caráter. Não digo que não sou pecadora porque é mentira. Sei dos meus erros e sei o que fiz de errado e me arrependo deles, mas admito e não fujo. Sou humana e pecadora assim como todo mundo e nem estou nesse mundo para julgar o próximo de um defeito que também tenho, mas assim como todo mundo, também tenho o direito de expressar minha indignação. 


      Atire a primeira pedra quem nunca mentiu e errou. Quem nunca mentiu para evitar um desastre (inevitável) ou não magoar o já magoado? Somos pecadores e merecemos o perdão... Mas quando reconhecemos nossos erros, não fugimos deles e tentamos melhorar, evitando repeti-los e mostrando a grandeza do ser humano: o de querer melhorar. O que jamais podemos esquecer é que ao não pensar no outro, podemos sofrer daquilo que fizemos o outro sofrer.  Fato. É questão de tempo, basta esperar.

      Às vezes, eu me questiono sobre a dor. Eu gosto de senti-la. Ela fortalece. Enquanto a sinto, fico em dúvida, instável, fraca, triste e doente... Morta. Mas ela me faz ressuscitar. Isso mesmo. A mesma dor que derruba, levanta. A mesma dor que destrói, constrói. A mesma dor que mutila, remenda. A mesma dor que mata, cria a vida.


    Quem já não ouviu a frase famosa “se for para pisar então pise até eu morrer. E se eu levantar, corra”? É mais ou menos assim. Não consigo ser um meio-termo. Ou sou quente ou sou fria, ou sou legal, ou sou chata, ou sou boazinha ou sou má, mas jamais idiota ou esperta. Não quero ser feita de boba nem quero me aproveitar dos outros. Ser o que não sou não é a minha intenção e fazer para o outro aquilo que não quero para mim também não. E se simplesmente acabo fazendo é porque sou humana como todos que pecam diariamente. Só tenha certeza de uma coisa: não dei o primeiro passo, mas talvez dê o último...

      Entretanto, nunca queira provar dos meus opostos, pois são gostos inesquecíveis. É como uma droga, que uma vez experimentada estará sempre no seu sangue e te perseguirá até o mais profundo da sua mente e mergulhará dentro das suas lembranças e nas horas em que menos imaginar. E não há cura para esse mal senão a morte...


      Morte da vida.
      Morte do amor.
      Morte do seu eu interior.

      Morte, o início.